Molinismo - a podcast by IBB Mogi

from 2020-07-14T22:14:27

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O teu amanhã já foi escrito? Teu futuro já foi escrito? Você é um predestinado? Ou você é livre? É impossível que compreendamos totalmente a relação entre a soberania de Deus e o livre-arbítrio do homem. Somente Deus sabe totalmente como estas duas coisas trabalham juntas em Seu plano de salvação.

O Molinismo seria a teoria que procura conciliar e exercer uma linha de comprometimento entre o livre arbítrio e a predestinação.

Em 1588, Luís de Molina, professor universitário aposentado publicou em 1588 um livro com o título A reconciliação entre o livre-arbítrio e a concessão da graça, presciência divina, providência, predestinação e condenação da primeira parte dos artigos de São Tomás que acirrou ainda mais a discussão entre estas duas teorias.

Segundo a teoria Molinista, Deus sabe o que acontecerá por conta das escolhas que fizemos, como também o que aconteceria se eu tivéssemos escolhido qualquer outro caminho. Mais, temos nossa liberdade dentro de um espaço delimitado pelo Senhor, sendo certo que, inclusive perder a salvação (abdicar dela), nos é possível.

O molinismo argumenta que Deus atinge seu objetivo através das vidas das criaturas genuinamente livres por intermédio de sua onisciência. O modelo proposto apresenta o conhecimento infinito de Deus em uma série de três momentos lógicos: "conhecimento natural", "conhecimento médio" e o "conhecimento livre":

1. Conhecimento natural: O conhecimento do que é possível ou das possibilidades.

2. Conhecimento médio: O conhecimento de como um ser possuidor de livre-arbítrio (independência libertária) poderia agir em qualquer situação.

3. Conhecimento livre: O conhecimento do que realmente acontecerá.

Teólogos Reformados ensinam que Molinismo e eleição divina são incompatíveis baseados nas afirmações de Paulo em Romanos, capítulo 9.

Paulo em Romanos 2. 17-3.21, diz que apesar de ser Judeu, poderia a pessoa perder a salvação, e em contrapartida ,mesmo sendo um gentio, poderia aquela pessoa conquistar a salvação. No capítulo 3, ele declara que não por obras, mas pela fé, seriam salvos., e isto incluía tanto gentios quanto Judeus (3. 29-30). Que luta, não é!? Falar para os judeus eles poderiam não ter a salvação, e mais, que os gentios (que eram péssimos dentro da perspectiva do judeu), poderiam ser salvos! Ele no capítulo 4 então traz como exemplo Abraão, o pai da nação judaica, que foi pronunciado justificado perante Deus antes de receber a circuncisão (4.11-12). A resposta de Paulo é que Deus é soberano: ele pode salvar quem Ele quiser, e ninguém pode ir contra Deus. Ele tem a liberdade de ter misericórdia para com quem Ele quiser.. Sobre a onipotência de Deu, temos que Deus escolheu sim, quem seria salvo: aqueles que aceitassem Jesus como Salvador. Deixa isto claro também em Gálatas 3:7, e isto serve tanto para os judeus como para os gentios. Romanos 9 não restringe a salvação (a escolha de Deus), mas amplia. Deus quer incluir todos os que têm fé em Cristo Jesus. Deus escolheu para si um povo, uma entidade corporativa, e está no nosso controle pela nossa resposta de fé se nós escolhemos ser ou não membros daquele grupo corporativo destinado à salvação (adaptação do estudo de William Lane Craig). Por fim, João 6:65 deixa bem claro o Poder de Deus, já que, ninguém obtém por si só a salvação: através do Espírito Santo, é que somos salvos.

Os molinistas contemporâneos proeminentes são William Lane Craig, Alvin Plantinga, Alfred Freddoso, Thomas Flint, Kenneth Keathley, David Armstrong, Leandro Tarrataca.

Deseja saber mais, FTA (Faculdade Teológica Abecar).

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