Episode 196: Air Travel - a podcast by Eliaquim Sousa

from 2022-11-04T01:17:34

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Minha vida é bem atribulada, mas tenho sorte, porque tudo sempre sai bem no final. Até mesmo viagem de fim de ano, para mim, sempre dá certo.


E viagem não é fácil, viu?


Primeiro, tem os contratempos nos aeroportos. Você sabe que o daqui de Salvador é um ovo. E é lotado o tempo todo. E lá fui eu, com meu localizador, duas malasgrandes e uma de mão, para despachar tudo no balcão do check-in. Deu excesso de peso e tive de pagar o adicional lá mesmo. Coloquei tudo no cartão. Meu limite estava perigandoestourar, mas, graças a Deus, passou.


Na hora de embarcar, mais uma chatice. A gente tem que formar filas, todo mundo sabe disso, mas sempre tem um ou outro espertinho que fura a fila. A confusão começa, todo mundo reclama, mas o atendente da companhia aérea não se importa: olha o cartão de embarque, confere os documentos e manda entrar.


Quando fui procurar meu assento – que era “confort”, marcado com não sei quantos dias de antecedência – vi que tinha um fedelho sentado lá. Quando eu pedi que ele saísse, ele começou a espernear, e a mãe dele veio lá do fundo do avião perguntar o que é que estava acontecendo.


— É seu filho? — perguntei.


Ela fez que sim. Disse que era meu assento, e ela perguntou se não podia deixar ele ali mais um pouquinho, só até o avião decolar. Eu respondi com um não bem redondo, para ver se ela se mancava. Ora essa. Eu lá pago quase três mil contos para umazinhavir me pedir para deixar o filho dela se sentar na minha poltrona?


Depois disso, pensei que ia ter paz, mas pobre não tem um minuto de sossego, viu? No meio da viagem teve turbulência. O menino de antes começou a gritar no fundo do avião, e os outros passageiros todos olhando e comentando. “Vai cair, o avião vai cair!” E a mãe dele só ria, como se aquilo fosse bonitinho.


Na hora de pousar, o menino ainda não tinha se aquietado, mas a comissária de bordo deu uma chamada na mãe dele e ela finalmente decidiu que era mãe e ia cuidar do filho. Aleluia.


Pronto. Aeronave na pista, os passageiros estavam desembarcando e lá fui eu, todo serelepe, para a esteira, pegar minha bagagem. Sorte a minha foi que nada foi extraviado.


Peguei minhas malas, fui a uma sorveteria ainda dentro do Pinto Martins e tomei um sorvetinho, para espairecer. Depois peguei o táxi para ir para a casa de minha família.


No meio do caminho, me preparei para ligar para eles, botei a mão no bolso e não encontrei o celular. Cadê o maldito celular? Tinha perdido o celular no aeroporto!


Pedi para o taxista dar meia volta. Chegamos rapidinho no aeroporto. E dei sorte, duas vezes: meu celular estava lá no Achados e Perdidos, assim como estava o cantor daquela banda, É O Tchan. Saí de lá com meu celular e um autógrafo.



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