#55 Marco Aurélio: o rádio como meio de imaginação e inclusão - a podcast by Peças Raras

from 2020-06-20T16:53:48

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“A minha grande janela para o mundo sempre foi o rádio. O fato de meu pai consertar rádios e tevês e a minha deficiência visual fizeram de mim um apaixonado pelo rádio.”


Marco Aurélio, ao NET Educação


Profissional de rádio há quase 4 décadas e professor de Comunicação há 30 anos, Marco Aurélio Carvalho tem no currículo passagens por grandes emissoras de rádio, como a Tupi do Rio de Janeiro, CBN e a Globo. Fez de tudo um pouco, de repórter de campo a gerente. Atualmente, o comunicador é diretor da Rádio ONCB (em parceria com a Uninove), onde às 9 da noite das terças apresenta o seu tradicional "Todas as Vozes"


Professor e voluntário como diretor executivo da Unirr – União e Inclusão em Redes e Rádio, em 2015, Aurélio inovou ao participar da transmissão audiodescritiva do desfile de carnaval do Rio pelas emissoras da EBC. “O rádio é na essência audiodescritivo, mas na Rádio MEC 70% do foco da transmissão foi voltado para narrar o visual. Não havia uma ala sequer das escolas de samba em que os detalhes não eram descritos.”


A paixão pelo rádio tem origem em dois fatos que marcam o profissional desde a infância. O pai consertava rádio e tevê e ele tinha de testar os aparelhos. Desta forma, dedicou-se à audição de emissoras do mundo todo, pelo sistema de Ondas Curtas. O rádio foi um aliado também dos estudos, pois Marco Aurélio nasceu com baixa visão e a leitura era muito cansativa. Daí passou a ouvir notícias pelo meio de comunicação, o que o fez se destacar na turma em provas de Português e História, por exemplo.


Além do rádio, na entrevista, emocionado, Aurélio lembra da saudosa professora Marli Machado: “Eu não sei quantas crianças encontram numa escola de subúrbio do Rio de Janeiro, São Paulo ou de um grande centro urbano, desde a 1ª série, uma professora que diz ‘esse menino tem uma deficiência visual sim, mas ele tem capacidade, então eu vou fazer o seguinte, todo dia quando eu for pra casa, eu vou ampliar as letrinhas do texto pra ele poder ler”.


Defensor de que as crianças na escola aprendam a conviver com as diferenças, o comunicador e educador atua em ONGs como a Unirr e acredita que se beneficiou e que outras crianças também podem ter benefícios com a formação em escolas regulares, inclusive as que não têm necessidades especiais, que passam a respeitar as diferenças. Quanto ao contato com a hostilidade de alguns que teve de enfrentar na escola e até na família, ele conclui que é convivendo com as viroses que se desenvolvem vacinas.


No áudio, você conhece e emociona-se com a história de um estudante de escola pública que teve no rádio, na família e na professora o apoio para se tornar o homem de comunicação que é hoje.





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